Entrevista com Idhun (Espanha) | Doble versión

12:35

por Aerith Asgard


Nossa entrevistada do mês de agosto é a bailarina Idhun, da cidade de Valência na Espanha. Idhun estará no Brasil e América do Sul em 2017 pela primeira vez participando do Underworld Fusion Fest. Conheça mais sobre sua trajetória na dança tribal e dark fusion! Boa leitura!


BLOG: Conte-nos sobre sua trajetória na dança do ventre/tribal. Como tudo começou para você? | Cuéntanos sobre tu trayectoria em La danza Del vientre/tribal. ¿Como comenzó todo? 
Meu contato com a Dança Oriental começou em 2002 ou 2003, quando estudava teatro na Escola do Ator. Ali havia um mural onde os professores colocavam anúncios de audições, e um dia vi um que dizia: “Necessitamos de Dançarina de Dança Oriental e Atriz.". Eu não sabia muito bem o que era essa dança, ainda que tivesse algumas referências, e me pareceu tão diferente a todo o resto, que decidi me apresentar. Passei na audição e passei a fazer parte da companhia, da qual seria a minha primeira professora, Araceli Aleixandre. Eu amei a sua visão, porque os shows eram teatrais e me apaixonei da dança.

Além disso, Araceli se tornou uma amiga e nós já tínhamos gostos musicais muito parecidos, o que inevitavelmente me levava a praticar em casa com minhas referências musicais favoritas: Arcana, Dead Can Dance, Diary of Dreams, Ataraxia, Raison d’être… Naquela época, eu não tinha internet, e achava que as ideias e combinações que me surgiam eram muito estranhas. Além do que, parei de dançar por um tempo, devido a uma lesão que tive.

Mas quando a internet chegou a minha casa, pesquisei e descobri Ariellah e Rachel Brice, e disse a mim mesma: “É isso, é assim que sinto esta dança! ”

Naquela época - deveria ser entre 2006 e 2007 – havia voltado a dançar e formava parte de uma segunda companhia com a diretora Maria José Ñíguez, uma grande professora de Oriental e certificada pelo método alemão ESTODA. Foi quando descobri a parte mais técnica do Oriental, que depois me ajudaria a trabalhar melhor a do Tribal. Além disso, Maria José nos ensinava Dança Clássica e Flamenco. Foi um tempo de muita prática e exigência técnica, e de descobrir então que queria dedicar-me à dança e conciliá-la com meu trabalho de atriz.

Minha diretora me motivou a fazer um solo com um toque mais obscuro, onde poderia expressar-me. Me motivou a seguir acreditando em minhas ideias e trabalhá-las, e isso me levou a minha primeira professora de tribal e agora amiga e companheira de trabalho: Nuria Gallego. Ela é quem me ensinou toda a base técnica do Tribal.

Ela e Manuel de Zayas - um fotógrafo que também acreditou em meu trabalho e me introduziu na comunidade  de Dança Oriental - foram os culpados por  que eu começasse a acreditar que o que eu fazia merecia ser visto. Manuel me deu muito apoio e foi um grande relacionista público no mundo do Bellydance. Minhas companheiras de Bellydance me acolheram com muito amor.

Nuria foi quem me mostrou a dança Tribal, e graças a ela comecei a dançar Tribal, participar de workshops na minha cidade e mais tarde em outras, apresentar meu trabalho a outras companheiras de outras cidades e ser apreciada e acolhida por elas (especialmente por Eva Tallada e Noemi Castell, de Barcelona, elas foram as culpadas por começarem a me conhecer a nível internacional).

Eu tive muita sorte por ter tido o amor e o apoio de todos eles, porque quando você começa, você nem sempre confia no que faz e se você tem alguém segurando sua mão e dizendo que você pode ... isso é precioso.

Mi contacto con la Danza Oriental empezó en el 2002 o 2003 cuando estudiaba Arte Dramático en la Escuela del Actor. Allí había un tablón donde los profesores colgaban los castings y un día vi un anuncio :Se necesita bailarina de Danza del Oriental y actriz. Yo no sabía muy bien qué era esa danza aunque algunas referencias tenía, y me pareció tan diferente a todo lo demás que decidí presentarme. Pasé el casting y formé parte de la compañía de la que sería mi primera profesora, Araceli Aleixandre. Adoré su visión porque los espectáculos eran teatrales y me enamoré de la danza.

Además, Araceli se convirtió en amiga y ella ya teníamos gustos musicales muy similares, con lo que inevitablemente yo acababa practicando en casa con mis grupos referidos: Arcana, Dead can Dance, Diary of Dreams, Ataraxia, Raison d’être Por aquel entonces yo no tenía internet, y creía que era muy raro las ideas y combinaciones que me surgían. Además, paré un tiempo de bailar por una lesión que tuve.

Pero cuando internet llegó a mi casa, investigué y descubrí a Ariellah y a Rachel Brice y me dije es esto, así es como yo siento esta danza!

Por aquel entonces- debía ser el 2006- 2007- yo había retomado la danza y formaba parte de una segunda compañía con la directora María José Ñíguez, una grandísima profesora de Oriental y certificada en el método alemán ESTODA- Fue cuando descubrí la parte más técnica del oriental, que más adelante me ayudaría a trabajar  mejor la de Tribal. Además, María José nos enseñaba a las componentes de la compañía Danza Clásica y Flamenco. Fue un tiempo de mucha práctica y exigencia técnica y de descubrir entonces que me quería dedicar a la danza, y compaginarla con mi trabajo de actriz.


Mi directora me animó a hacer un solo con un toque más oscuro, donde poder expresarme. Me animó a seguir creyendo en mis ideas y trabajarlas, y esto me llevó a mi primera profesora de tribal y ahora amiga y compañera de trabajo: Nuria Gallego. Ella es quien me enseñó toda la base técnica del tribal.


Ella y Manuel de Zayas- un fotógrafo que también confió en mi trabajo y me introdujo en la comunidad Oriental- fueron los culpables de que yo empezase a confiar en que lo que yo hacía merecía la pena verlo. Manuel fue un gran apoyo y relaciones públicas en el mundo del Bellydance, mis compañeras de Bellydance me acogieron con mucho amor.

Nuria fue quien me descubrió la danza Tribal, y gracias a ella empecé a bailar tribal, acudir a workshops en mi ciudad y más tarde en otras, presentar mi trabajo a otras compañeras de otras ciudades y ser apreciada y acogida por ellas (especialmente por Eva Tallada y Noemi Castell, de Barcelona, ellas fueron las culpables también de que se me empezase a conocer a nivel internacional)

Tengo una gran suerte de haber contado con el amor y el apoyo de todos ellos, porque a la hora de empezar no siempre confías en lo que haces, y si tienes a alguien cogiéndote de la mano y diciéndote que tú puedes eso es precioso.

BLOG: Quais foram as professoras que mais marcaram no seu aprendizado e por quê? | ¿Cuáles fueron las profesoras que más marcaron tu aprendizaje y por qué?

Uffff, não poderia escolher. Todas me deram muitas coisas valiosas, cada professora oferece uma parte dela. Evidentemente as professoras que nomeei foram minhas mentoras. Mas, depois, aprendi com muitas outras e todas me marcaram de alguma forma. E além de professoras de Tribal, também me marcaram de outras disciplinas como minha professora de mímica na Escola do Ator, minha professora de canto, minha atual professora de contemporâneo, meu professor de popping ... E de todos eles, resgato seus ensinamentos nesta dança. Não poderia escolher poucos

Uffff, no podría elegir . Todas me han dado muchas cosas valiosas, cada profesora ofrece una parte de ella. Evidentemente las profesoras que he nombrado fueron mis mentoras. Pero después he aprendido con muchas y todas me han marcado en algo. Y además de profesoras de Tribal,también me han marcado de otras disciplinas como mi profesor de mimo en la Escuela del Actor, mi profesora de canto, mi actual profesora de contemporáneo, mi profesor de poppingY de todos ello rescato sus enseñanzas en esta danza. No podría elegir unos pocos. 

BLOG: Além da dança tribal você já fez ou faz mais algum tipo de dança? Há quanto tempo? | Además de danza tribal, ¿hiciste o haces algún otro tipo de danza? ¿Hace cuánto?

No ano de 2001, quando ia à Escola de Ator, me formei um pouco em Balé, Jazz, Funky, Dança Contemporânea, mas todo esse aprendizado estava destinado a ser levado ao palco no teatro. Do mesmo modo, também tínhamos matérias como luta cênica, esgrima e acrobacia.

Na companhia de Maria José Ñíguez, ela nos ensinava Dança Clássica e Dança Espanhola pois eram as danças com as que fusionávamos (fundíamos) o Oriental.

Há quatro anos estudei algo de house e popping… e atualmente voltei às aulas de Dança Contemporânea.

Quando você se inscreve em workshops – ao menos no meu caso – você não apenas se inscreve aos de Tribal se não que vai estudando um pouquinho de disciplinas que gosta, em meu caso alguma oficina de Butoh, de Odissi, de Bellydance, aikido, inclusive de tecidos acrobáticos. Sempre tento seguir aprendendo de qualquer disciplina que possa enriquecer-me tanto para fusionar como para evadir-me, embora seja a Dança Contemporânea a que costuma chamar-me com mais frequência, costumo recorrer a ela porque me apaixona e me dá ferramentas que meu corpo sempre agradece. 

En el año 2001 cuando iba a la Escuela del Actor, me formé un poco en Ballet, Jazz, Funky, Danza Contemporánea pero todo este aprendizaje estaba destinado a llevarlo a escena en el teatro. Del mismo modo también teníamos asignaturas como lucha escénica, esgrima, y acrobacia.

En la compañía de María José Ñíguez ella nos ensañaba Danza Clásica y Danza Española pues eran las danzas con las que fusionábamos el Oriental.
Hace cuatro años estudié algo de house y popping y actualmente he vuelto a clases de Danza Contemporánea.

Cuando te apuntas a workshops- al menos en mi caso- no sólo te apuntas a los de Tribal sino que vas estudiando un poquito de disciplinas que te gustan, en mi caso algún taller de Butoh, de Odissi, de Bellydance, aikido, incluso de telas aéreas. Siempre intento seguir aprendiendo de cualquier disciplina que pueda enriquecerme tanto para fusionar como para evadirme, aunque es la Danza Contemporánea la que me suele llamar más a menudo, cada cierto tiempo, siempre suelo volver a recurrir a ella porque me apasiona y me da herramientas que mi cuerpo agradece siempre. 
           
BLOG: Quais foram suas primeiras inspirações? Quais suas atuais inspirações? | ¿Cuales fueron tus primeras inspiraciones?  ¿Cuales son las actuales?



As primeiras inspirações que marcaram meu estilo ou minha linha, acredito que Ariellah, Rachel Brice e Mira Betz. As atuais, além de seguir sendo as primeiras ... seguem sendo muitíssimas artistas, mas a verdade é que cada vez encontro mais inspiração na dança contemporânea e Butoh,em dançarinas que dançam pela primeira vez e postam seus vídeos online, porque eu vejo nelas um frescor e uma personalidade, um mundo interior que me evoca muitas coisas.

Las primeras inspiraciones que marcaron mi estilo o mi línea, creo que Ariellah, Rachel Brice y Mira Betz. Las actuales además de seguir siendo las primeras siguen siendo muchísimas artistas, pero la verdad es que cada vez encuentro más inspiración en la danza contemporánea y Butoh y en bailarinas que por primera vez bailan y lo cuelgan online, porque en ellas veo una frescura y una personalidad, un mundo interior que me evoca muchísimas cosas. 

BLOG: O que a dança acrescentou em sua vida? |  ¿En qué cambió tu vida La danza?

Nunca fui de começar uma frase com “e se …”, não posso pensar como seria sem a dança. Só posso pensar no que a dança contribuiu para o meu crescimento.

Desde adolescente soube que queria dedicar-me às artes cênicas, e assim comuniquei em casa, porque depois de minhas aulas no instituto ia a minhas aulas de teatro, e sentia que esse tempo que estava no palco valia muitíssimo mais que qualquer coisa que fizesse. Era como se vivesse a vida muito mais intensa, como se abrisse uma porta a outra dimensão na qual tudo tem maior sentido. E na dança o sinto, inclusive mais que no teatro. Sinto que ao não existir a comunicação verbal ou um texto que não apoie a mensagem que se quer passar, a via de comunicação se torna mais abstrata, mais visceral. O dançar me faz conectar com um leque de emoções, vivências, memórias, necessidades, neuras ... me conecta comigo. Às vezes sinto que é como viver várias vidas em uma, viajar por vários mundos e à volta dessa viagem, em meu dia-dia de mortal, ao menos fico com esse resíduo de conhecimento e experiência sobre o corpo humano e seu movimento, sobre o que o faz mover-se e os demônios que se expulsam.   

Também posso responder que: me deu saúde e sentindo a minha vida. 

Nunca he sido muy amiga de iniciar una frase con y si…”,  no puedo pensar cómo sería sin la danza. Sólo puedo pensar en qué me aporta la danza.

Desde adolescente supe que quería dedicarme las artes escénicas, y así lo comuniqué en casa, porque después de mis clases en el instituto iba a mis clases de  teatro, y sentía que ese tiempo que estaba en el escenario valía muchísimo más que cualquier cosa que hiciese. Es como si viviese la vida mucho más intensa, como si se abriese una puerta a otra dimensión en la que todo tiene mayor sentido. Y en la danza lo siento incluso más que en el teatro. Siento que al no existir la comunicación verbal o un texto que apoye el mensaje que quieres comunicar, la vía de comunicación se hace más abstracta, más visceral. El bailar me hace conectar con un abanico de emociones, vivencias, memorias, necesidades, neuras me conecta conmigo, con los demás humanos y sobre todo con la parte menos humana de lo que somos. A veces siento que es como vivir varias vidas en una, viajar por varios mundos y a la vuelta de ese viaje, en mi día a día de mortal, al menos me queda ese residuo de conocimiento y experiencia sobre el cuerpo humano y su movimiento, sobre qué le hace moverse y los demonios que se expulsan.

Puede que responda: me dio salud y le dio sentido a mi vida. 

BLOG: O quê você mais aprecia nesta arte? | ¿Qué es lo que más aprecias de este arte?


Resposta anterior. Não há nada que aprecia mais nesta arte que as vivencias e emoções que compartilhamos entre professoras e alunas, bailarinas e bailarinas, público e bailarinas...

Adoro quando alguém do público me diz “Você alterou a minha respiração” ou “Você me levou a outro mundo”; quando uma aluna me agradece por ter descoberto vias para desfrutar seu corpo; quando me diz que é muito mais feliz depois das minhas aulas. Amo compartilhar inquietudes, sonhos, medos com colegas bailarinas. O que mais aprecio nesta arte é que nos aproxima a mundos paralelos que nos nutrem e nos conhecemos como seres a outro nível. 

Lo anterior. No hay cosa que aprecie más de este arte que las vivencias y emociones que compartimos profesoras con alumnas, bailarinas con bailarinas, público con bailarinas

Adoro cuando alguien del público me dice has cambiado mi respiración o me has llevado a otro mundo, cuando una alumna me agradece que le haya descubierto vías para disfrutar de su cuerpo, cuando me dice que es mucho más feliz después de mis clases. Me encanta compartir con mis compañeras bailarinas inquietudes, sueños, miedos. Lo que más aprecio de este arte es que nos acerca a mundos paralelos que nos nutren y nos conocemos como seres a otro nivel. 


BLOG: O quê prejudica a dança do ventre e como melhorar essa situação? Você acha que o tribal está livre disso? |  ¿Qué perjudica a La danza Del vientre y cómo mejorar esa situación? ¿Crees que El tribal está libre de eso?


Acredito que algo que pode nos prejudicar é a nossa necessidade de ser especiais. Falo do Tribal porque faz muito [tempo] que não estou em contato com a comunidade de Bellydance, por isso, acredito que somente posso opinar sobre o que me é mais próximo (e é só minha humilde opinião).

Acredito que esta dança é tão nova que nesse momento está no período da “puberdade” ... ou da adolescência. Como nos humanos, neste período se necessita auto-afirmação, na maioria das vezes supervalorizando-se ou renegando-se dos pais para assim sentir-se uma pessoa formada e com critério. Também é neste período onde mais seguem às modas, para pertencer a uma tribo e não se sentirem sós; quando aparecem os ciúmes, se a pessoa tem medo da perda e age com possessividade; quando se necessita dizer aos demais: “Eu sou especial porque faço X ou sou do grupo de Y”; ou quando toda emoção e sucesso se engrandece – tanto boas quanto más – de modo que é fácil considerar a alguém ídolo. ou ao contrário, inimigo.

Acredito que na nossa dança, esse é um perigo simplesmente pela fase na qual está e que, como nos adolescentes caprichosos, as redes sociais podem piorar este comportamento (ainda que este seja outro assunto). 

Creo que algo que puede perjudicarnos es nuestra necesidad de ser especiales. Hablo del Tribal porque hace mucho que no estoy en contacto con la comunidad de Bellydance, así que creo que sólo puedo opinar por lo más cercano (y es solo es mi humilde opinión).

Creo que esta danza es tan nueva que ahora mismo está en período de pubertad”…o de adolescencia. Como en los humanos, en este período se necesita autoafirmación, la gran mayoría de veces infravalorando o renegando de los padres para así poder sentirse una persona formada y con criterio. También es en este período donde más se siguen las modas, para pertenecer a una tribu y no sentirse solos, cuando aparecen celos si la persona tiene miedo a la pérdida y se hace posesiva, cuando se necesita decir a los demás yo soy especial porque hago X o soy del bando de Y, o cuando toda emoción y suceso se magnifica -tanto bueno como malo- de modo que es fácil considerar a alguien ídolo o al contrario, enemigo.

Creo que en nuestra danza, ese es un peligro simplemente por la fase en la que está, y que como en los adolescentes caprichosos, las redes sociales puede empeorar este comportamiento ( aunque este es otro tema). 


BLOG: Você já sofreu preconceitos na dança do ventre ou no tribal? Como foi isso? | ¿Ya sufriste prejuicios en La danza Del vientre o tribal? ¿Como fue?

Dentro do mundo da arte, nenhum preconceito, a menos que não haja notado (sou um tanto desatenta). Por exemplo, quando dancei em eventos de Bellydance, minhas colegas me apoiaram muito e organizadoras de eventos de Bellydance me seguiam querendo, por mais que fizesse Dark Fusion. Era como o bicho estranho do espetáculo (no bom sentido). E na comunidade Tribal não pude ter mais sorte com minhas colegas, nunca senti preconceito de nenhum tipo nem com minhas colegas em Espanha e nem afora.

Fora do mundo da arte, claro, os típicos (ter que explicar que não faço Dança para seduzir ou para tirar a roupa, explicar o que é.... ), mas nada que se pareça aos que já sofri por ter atuado anteriormente em uma peça de teatro e em animações de rua.

O mundo da arte em muitos países está estigmatizado pela sociedade e não é considerado um bem social ou cultural, você vai sofrer preconceitos se for músico de rua, ainda que seja de outro tipo. O único que pode fazer com que soframos um tipo de preconceito é que, além da arte em muitos lugares estar estigmatizada, a mulher o está já faz muito tempo. 

Dentro del mundo del arte, ningún prejuicio, al menos que yo haya notado (soy un tanto despistada). Por ejemplo, cuando bailé en eventos de Bellydance, mis compañeras me apoyaron muchísimo y organizadoras de eventos de Bellydance me seguían queriendo, por mucho que yo hiciese Dark Fusion. Era como el bicho raro del espectáculo ( en el buen sentido) . Y en la comunidad Tribal no he podido ser más afortunada con mis compañeras, nunca he sentido prejuicio de ningún tipo ni con mis compañeras en España ni fuera.

Fuera del mundo del arte, por supuesto, los típicos ( tener que explicar que no hago Danza para seducir o para quitarme la ropa, explicar qué es)  pero nada que no se parezca a los que ya sufrí por actuar anteriormente en una obra de teatro o en animaciones de calle.

El mundo del arte en muchos países está estigmatizado por la sociedad y no se considera un bien social ni cultural, sufrirás prejuicios si eres músico callejero aunque sean de otro tipo. Lo único que puede hacer que nosotras suframos un tipo de prejuicios, es que además de que el arte en muchos sitios está estigmatizado, la mujer lo está desde hace mucho tiempo. 

BLOG: Houve alguma indignação ou frustração durante seu percurso na dança? | ¿Hubo alguna indignación o frustración durante tu trayecto en La danza? 


Mmmm, acredito que a frustração é parte do processo, são valas que sempre teremos que saltar como os atletas, é difícil que não haja frustração no processo de criação, mas costuma ser passageiro e nos faz mais fortes.

Indignação, alguma vez, de maneira pontual, quando vejo que se cometem injustiças e não se valoriza o trabalho artístico por parte de alguém que justamente pertence ao mundo do espetáculo. Normalmente me indigno mais com quem nos trata de maneira injusta sabendo tudo o que passamos, do que com quem se comporta mal por puro desconhecimento. Mas nada digno de menção em particular, se ficamos muito tempo com essa lembrança – e acredito que se a nomeamos – é uma carga desnecessária. Não poderia seguir dançando se o dou importância.

Mmmm, la frustración creo que es parte del proceso, son vallas que siempre tendremos que saltar como los atletas, es difícil que no haya  frustración en el proceso de creación, pero suele ser pasajero y nos hace más fuertes.

Indignación, alguna vez, de manera puntual, cuando veo que se cometen injusticias y no se valora el trabajo artístico por parte de alguien que justamente pertenece al mundo del espectáculo. Normalmente me indigno más con quien nos trata de manera injusta sabiendo por todo lo que pasamos que con quien se comporta mal por puro desconocimiento. Pero nada digno de mención en particular, si nos quedamos mucho tiempo con ese recuerdo - y creo que si lo nombramos- es una carga innecesaria. No podría seguir bailando si le doy importancia. 

BLOG: E conquistas? Fale um pouco sobre elas. | ¿Y conquistas? Háblanos de ellas.

Para mim, cada vez que faço uma coreografia, cada aula e cada aluna que me diz que se sente feliz, que minhas colegas de profissão me valorizem, cada festival ao que me convidam… mas, sobretudo, seguir dançando hoje já é uma conquista.

Para mí cada vez que hago una coreografía,cada clase y cada alumna que me dice que se siente feliz, que mis compañeras de profesión me valoren, cada festival al que me invitanpero sobre todo seguir bailando hoy ya es una conquista. 

BLOG: Como é o cenário da dança tribal na Espanha? Pontos positivos, negativos, apoio das cidades, repercussão por parte do público bem como pela comunidade de dança do ventre/tribal.  | ¿Cómo es La escena tribal en España? Puntos positivos, negativos, apoyo de las ciudades, repercusión del público y de La comunidad de danza Del vientre y tribal.

Na Espanha sempre nos apoiamos muito e crescemos juntas. Atualmente, convivemos entre várias gerações de bailarinas e acredito que temos a sorte de contar com o apoio da geração anterior, das companheiras da sua mesma geração e das novas gerações. Evidentemente, podem surgir inseguranças devido à convivência, mas isso não é exclusivo do mundo da arte, surge em todos os trabalhos ainda que neste afete mais à autoestima.

O que acredito que mais caracteriza a comunidade da Espanha é o respeito e o amor.

En España siempre nos hemos apoyado muchísimo y crecido juntas. Actualmente convivimos varias generaciones de bailarinas y creo que tenemos la suerte de contar con el apoyo de la anterior generación, de las compañeras de tu misma generación y de las nuevas generaciones.  Evidentemente pueden surgir roces e inseguridades debidos a la convivencia, pero esto no es exclusivo del mundo del arte, surge en todos los trabajos, aunque en este afecte más a la autoestima.

Lo que creo que más caracteriza a la comunidad de España es el respeto y el amor. 

BLOG: Você já esteve em vários eventos de dança do ventre e tribal em diferentes partes do mundo. Se você pudesse importar alguma(s) característica(s) desses eventos, quais seriam? | Tú ya estuviste en varios eventos de danza Del vientre y tribal en diferentes partes Del mundo. Si pudieras extraer alguna(s) característica(s) de esos eventos, ¿cuáles serían?

Um bom festival faz com que você volte a casa como se estivesse apaixonada: Você se sente muito feliz, e não pode deixar de sorrir e de pensar em dançar, enche o seu caderninho de ideias e coreografias futuras, de exercícios. Esse é sempre um ponto em comum de todo bom festival.

Un buen festival hace que vuelvas a casa como si estuvieras enamorada: tienes cosquillas en tu cuerpo, una sonrisa tonta y no puedes parar de pensar en bailar, llenas tu libreta de ideas y coreografías futuras, de ejercicios. Eso es un punto en común siempre de un buen festival. 


BLOG: Conte-nos um pouco sobre suas principais coreografias. O quê a inspirou para a formulação da parte conceitual e técnica das mesmas, assim como seus processos de elaboração dos figurinos e maquiagens. Como essas coreografias repercutiram na cena tribal? | Cuéntanos un poco sobre tus principales coreografías. ¿Qué inspiro La parte conceptual y técnica de ellas, así como los procesos de elaboración de los trajes y maquillajes. ¿Cómo esas coreografías repercutieron em La escena tribal? 

Mmmmm, pode ser que as minhas coreografias favoritas não sejam as que mais repercutiram em nada, na verdade, não creio que hajam repercutido na cena tribal. Mas, claro, sendo eu a dançarina me custaria valorizar esse aspecto.

Em minhas coreografias, sempre resgato a minha inspiração de algum lugar muito profundo, como um poço onde há emoções e vivências, fotografias ou poemas, que um dia ficaram ali. E então uma boa canção, como por passe de mágica, as traem pelas cordas e tiram algo desse poço. Mas sempre é a música. Isso é incrível e é horrível ao mesmo tempo, porque se dou com a canção adequada, é como se me hipnotizassem e de repente visse cores em minha mente, sabores, cheiros, sinto densidades em meu corpo, emoções e visualizo imagens que podem me evocar um vestuário – ainda que lamentavelmente não tenha o dinheiro nem as habilidades para costurar para que o vestuário que imagino se torne real, hahahaha! – Mas se a canção não chega... uffff se a música não me emociona, se não move nada por dentro de mim, não sou capaz nem de mover-me. E isso é horrível quando você já tem uma data na que sabe que tem que dançar, e o corpo e a alma não te pedem para dançar algo que já dançou e sequer dançar algo novo.


  
Mas os fatores de inspiração podem variar um pouco. Por exemplo, na minha coreografia do Escorpião, Juduth Virag, uma bailarina húngara que adoro, me deu o personagem porque o espetáculo estava baseado no Zodíaco. Fiquei encantada com o personagem, e sabia o que o meu corpo e mente necessitavam trabalhar, expressar, arrancar, vomitar. Então, enquanto não me passavam a música me pus a ver documentários de escorpiões e mover-me pela casa buscando essas diferentes formas que possui o escorpião.  


Com minha peça de Nosferatu, ainda que houvesse uma temática em outro festival, ocorreu que as canções me fizeram esse resgate do poço. Eram dois as que me evocaram dois momentos muito definidos na minha cabeça: um da manipulação mental de um ser a uma mulher e toda a luta que acontece dentro dela antes da sua rendição (a coreografia com meu companheiro Fran, “El beso”); e a seguinte – “Sede de sangue” – o estado de alteração da consciência depois dessa rendição, um estado em que dor e prazer estão presentes e misturados, e a mulher se alimenta deles para elevar-se a outro plano. As duas canções me falavam sobre isso, e logo a batizei como “Nosferatu”, porque essas emoções se encaixam com algo mais tangível, e é coerente com a linha do espetáculo, mas também o teria sido qualquer outro personagem que tenha passado por isso ... poderia ser o êxtase de Santa Teresa por influência San Juan de la Cruz, hehehehehe.

Mmmmm, puede que mis coreografías favoritas no sean las que más repercutieron en nada, de hecho, no creo que hayan repercutido en la escena tribal. Pero claro, siendo yo la bailarina me costaría valorar ese aspecto. 

La inspiración en mis coreografías siempre la rescato de algún sitio muy profundo, como un pozo donde hay emociones y vivencias, fotografías o poemas, que un día se quedaron allí. Y entonces una buena canción como por arte de magia, tira de la cuerda y saca algo de ese pozo. Pero siempre es la música. Eso es genial y es horrible al mismo tiempo, porque si doy con la canción adecuada, es como si me hipnotizasen y de repente en mi mente veo colores, sabores, olores, siento densidades en mi cuerpo, emociones y visualizo imágenes que pueden evocarme un vestuario- aunque lamentablemente no tengo ni el dinero ni las habilidades para coser para que el vestuario que imagino se haga realidad, jajajaja!- . Pero si la canción no llegaufffff. Si la música no me emociona, si no me mueve nada dentro , no soy capaz ni de moverme. Y eso es horrible cuando ya tienes una fecha en la que sabes que tienes que bailar, y el cuerpo y el alma no te pide bailar algo que ya bailaste ni puedes bailar nada nuevo.

Pero los factores de inspiración pueden variar un poco. Por ejemplo, en mi coreografía del Escorpión, Judith Virag, una bailarina húngara que adoro, me dio el personaje porque el espectáculo estaba basado en el Zodíaco. A mí me encantó el personaje, y sabía lo que mi cuerpo y mi mente necesitaban trabajar, expresar, sacar, vomitar. Así que mientras no daba con la canción me puse a ver documentales de escorpiones y moverme por la casa buscando esas diferentes cualidades que tenía el animal. Esto me llevó a tener más claro lo que yo buscaba en la canción, como si la estuviese componiendo en mi mente. Y cuando encontré la canción que más se parecía a lo que yo había compuesto busqué dos más para añadirle la intro en base a cómo yo imaginé que un escorpión se movería antes de picarte entre la maleza.

Con mi pieza de Nosferatu, aunque sí que había una temática en otro festival, me sucedió que las canciones me hicieron ese rescate del pozo. Eran dos las que me evocaron dos momentos en mi cabeza muy definidos: uno la de la manipulación mental de un ser a una mujer y toda la lucha que sucede dentro de ella antes de su rendición ( la coreografía con mi compañero Fran, El beso) y la siguiente- Sed de sangre- el estado de alteración de la consciencia después de esa rendición, un estado en el que dolor y placer están presentes y entremezclados, y la mujer se alimenta de ellos para elevarse a otro plano. Las dos canciones me hablaban de esto, si luego la bauticé como Nosferatu porque encajan esas emociones con algo más tangible o con la línea del espectáculo es válido, pero también hubiera sido válido cualquier otro personaje que haya pasado por esopodría ser el éxtasis de Santa Teresa por influencia de San Juan de la Cruz, jejejejeje. 

BLOG: Conte-nos sobre o programa de educação "Docendo Discimus Tribal®" por Nuria Gallego, do qual você é professora certificada. Como é o formato e qual importância de conseguir tal certificação, em sua opinião.  | Cuéntanos sobre El programa de educación "Docendo Discimus Tribal®" por Nuria Gallego, Del cual eres profesora certificada. Cómo ES El formato y cuál ES La importancia de conseguir tal certificación,em tu opinión. 

É uma formação online para professoras de Tribal onde oferecemos recursos didáticos não só para que tenham os conhecimentos que se dão em formações dirigidas a dançarinas (anatomia, técnica, criação e coreografia, expressão) se não também recursos pedagógicos, história, psicologia aplicada à pedagogia, dança e gravidez, vestuário, recursos tecnológicos e técnicas de marketing, design gráfico. Enfim, todas aquelas áreas que caracterizam a uma profissional da dança e cobrem suas necessidades tanto a nível pessoal como dançarina como a nível docente.  

Este formato se baseia na metodología de Nuria Gallego, que nasce de sua experiência como professora de tribal clássico, tribal fusion, flamenco, professora ESTODA® e especialista em novas tecnologias, e se caracteriza por dar as ferramentas para cultivar a consciência corporal e ensinar de forma metódica com base em referências espaço-temporais e exercícios de combinatórias.   

É uma análise exaustiva e detalhista da biomecânica da nossa dança que ajuda a criar uma grande segurança na hora da dança e especialmente na de ensinar. Quando professora, utilizei as bases deste formato e resolvi muitos problemas técnicos, já que se trata de ir ao movimento mais básico, essencial e indivisível de qualquer movimento do Tribal, analisá-lo e trabalhá-lo para assim o desenvolver. Qualquer “vício” que se haja adquirido pode ser solucionado de forma mais fácil com esse método, além de ajudar para que se tenha uma base sólida. Se você aprende bem a base, esta ficará sempre limpa.    

Es una formación online para profesoras de Tribal donde ofrecemos recursos didácticos no solo para que tengan los conocimientos que se dan en formaciones dirigidas a bailarinas( anatomía, técnica, creación y coreografía, expresión) sino también recursos pedagógicos, historia, psicología aplicada a la pedagogía, danza y embarazo, vestuario, recursos tecnológicos y técnicas de marketing, diseño gráfico. Es decir, todas aquellas areas que caracterizan a una profesional de la danza y cubren sus necesidades tanto a nivel personal como bailarina como a nivel docente.

Este formato se basa en la metodología de Nuria Gallego, que nace de su experiencia como profesora tribal clásico, tribal fusión, flamenco,profesora ESTODA® y experta en nuevas tecnologías, y se caracteriza por dar las herramientas para cultivar una gran conciencia corporal y enseñar de manera metódica en base a referencias espacio temporales y ejercicios de combinatorias.

Es un análisis exhaustivo y pormenorizado de la biomecánica de nuestra danza que aporta una gran seguridad a la hora de bailar y especialmente de enseñar.
Cuando como profesora he utilizado las bases de este formato he solventado muchos problemas técnicos, ya que se trata de ir al movimiento más básico, esencial  e indivisible de cualquier movimiento de Tribal, analizarlo  y trabajarlo para así ir desarrollándolo. Cualquier vicio que se haya adquirido es  muy fácil solucionarlo con este método y para enseñar a nivel iniciación es genial para que tengan una base sólida. Y es que si aprendes bien la base, ésta quedará limpia siempre.

BLOG: Como instrutora de pilates e praticante de Yoga, em sua opinião, qual importância da prática do Yoga e do Pilates para a dança?  | Como instructora de pilates y practicante de Yoga, em tu opinión, ¿ cuál es La importancia de La práctica de ambas para La danza? 

As duas disciplinas por separado contribuem com muitas ferramentas e praticando o melhor de cada uma fusionando-as é incrível.

O pilates tem como base um tipo de respiração que, apenas com esta, se trabalha: o períneo, a musculatura abdominal, a lombar, a musculatura profunda das costas que está relacionada com sua estabilização, a musculatura ao redor da pélvis. Tudo isso só com a respiração. Mas, além disso, é uma disciplina baseada nos ásanas do Yoga, assim como nos exercícios de dança clássica e nos de reabilitação de postura. Com o que tem muitas ferramentas para dançarinas de todo tipo, especialmente os de clássico e contemporâneo.   

As mais valiosas para uma dançarina de Tribal são o trabalho de tonificação, do coração e a consciência da quantidade de referências ósseas que se convertem em linhas de projeção, que ajudam a corrigir a postura e a que o movimento seja mais limpo. MAS, nossa dança tem algumas necessidades importantes que talvez com o Pilates não se cubram o suficiente. A mais evidente é o “isolamento” e, para este, creio que o trabalho de Yoga ajuda mais, permitindo maior combinação de planos e torções, além do trabalho de alongamento miofascial. Ou seja, trabalhar mais o músculo com o objetivo de alargá-lo e mobilizar as vísceras e tecidos entre os músculos, apoiados por seu tipo de respiração. A respiração do Yoga, por exemplo, é a que mais se assemelha à que utilizo ao dançar, ou a que mais me tem ajudado a encontrar a calma antes de sair ao palco.   

E como professora me parece NECESSÁRIO que quando você ensine tenha conhecimentos não só de anatomia básica para o movimento, mas também de particularidades anatômicas ou patológicas que suas alunas podem ter em aula e que há que cuidar. Isso te dá o Yoga, Pilates, Feldenkrais, cursar fisioterapia ou osteopatia ... qualquer disciplina que te ensine a cuidar do seu corpo e de dos demais, e poder ensiná-los a exprimir melhor as suas possibilidades.

Poderia estender-me mais nesta resposta, mas, nomeio estas características para só dizer as mais básicas ou as que podem ser vistas mais facilmente.

Las dos disciplinas por separado aportan muchas herramientas y practicando lo mejor de cada una fusionándolas es genial.

El pilates tiene como base un tipo de respiración que, sólo con ésta, trabaja el core: periné, musculatura abdominal, lumbar, musculatura profunda de la espalda que está relacionada con su estabilización, musculatura que rodea la pelvis. Todo esto sólo con la respiración. Pero además, es una disciplina basada en asanas de Yoga, así como de ejercicios de danza clásica y de rehabilitación postural. Con lo que tiene muchísimas herramientas para bailarines de todo tipo, especialmente de clásico y contemporáneo. Las más valiosas para una bailarina de Tribal son el trabajo de tonificación, del core y la consciencia de multitud de referencias óseas que se convierten en líneas de proyección que ayudan a la correcta postura y a que el movimiento sea más limpio. PERO, nuestra danza tiene unas necesidades importantes que tal vez con el Pilates no se cubre lo suficiente: la más evidente es el aislamiento, y para éste el trabajo de Yoga creo que ayuda más, permitiendo mayor combinación de planos y torsiones, además del trabajo de stretching miofascial. Es decir, trabajar más el músculo con el objetivo de alargar y movilizar las vísceras y tejidos entre los músculos, apoyados por su tipo de respiración. La respiración de Yoga por ejemplo es la que más se asemeja a la que utilizo al bailar, o la que más me ha ayudado a encontrar la calma antes de salir al escenario.

Y como profesora veo NECESARIO que cuando vayas a enseñar tengas conocimientos no sólo de anatomía básica para el movimiento, sino de particularidades anatómicas o patologías que pueden tener alumnas tuyas en clase y que has de cuidar. Eso te lo da el Yoga, Pilates, Feldenkrais, cursar fisioterapia u osteopatía cualquier disciplina que te enseñe a cuidar de tu cuerpo y del de los demás, y poder enseñarles a exprimir mejor sus posibilidades.

Podría extenderme mucho en esta respuesta, pero nombro éstas características por nombrar las más básicas o que más fácilmente se pueden ver. 

BLOG: Qual a sua relação com o gothic fusion? Como você encara  a cena gótica inserida na dança do ventre/tribal? Sob sua óptica, o quê é dark fusion? | ¿Cuál ES tu relación com La gothic fusion? ¿Cómo encaras La escena gótica inserta dentro de La danza Del vientre tribal? Según tu visión, ¿qué ES La dark fusion? 

Minha visão sobre o Dark Fusion creio que é simples: Há certo tipo de dançarinas, nas quais me incluo, que necessitam dançar arrancando as vísceras e para isso vejo poucas regras. Inclusive posso ver como Dark uma coreografia com uma canção de “Agnes Obel” se há uma dançarina que esteja derramando as vísceras neste palco. E com “derramar as vísceras” me refiro a que me esteja adentrando em um mundo, e quanto mais profundo e íntimo que me faça conectar com ela, como se estivesse atravessando o peito e colhendo do coração, melhor.

Neste mundo temos medo da escuridão, das emoções mais profundas e isso é desviar-se de uma parte necessário do ser humano. Para mim, o escuro é o recolhimento, o buscar dentro de mim, o abrir a porta do mais íntimo a quem me esteja observando, é a entrega sincera do que você sente que é e do que é o outro. E para mim é algo natural e bonito comunicar-me e entregar-me desta maneira, expressar-me com um código que talvez para o espectador seja obscuro e inquietante, mas que em mim é mais real que outro tipo de expressão.

Mi visión sobre el Dark Fusion creo que es sencilla: hay cierto tipo de bailarinas que necesitamos bailar sacando las vísceras y para eso veo pocas reglas. Incluso puedo ver Dark una coreografía con una canción de Agnes Obel si hay una bailarina que está derramando las vísceras en el escenario. Y con derramar las vísceras me refiero a que me esté adentrando en un mundo, y cuanto más profundo e íntimo que me haga conectar con ella, como si le estuviese atravesando el pecho y cogiendo del corazón, mejor.

En este mundo tenemos miedo de la oscuridad, de las emociones más profundas y eso es obviar una parte necesaria del ser humano. Para mí lo oscuro es el recogimiento, el buscar dentro de mí, el abrir la puerta de lo más íntimo a quien me está observando, es la entrega sincera de lo que sientes que eres y que es el otro. Y para mí eso es un acto de amor. Siempre le digo a mis alumnas que no puedo bailar una coreografía oscura si no es con amor. Incluso si el personaje es un demonio o hablo de la ira. Siempre hay amor, siempre. Y para mí es algo natural y bonito comunicarme y entregarme de esta manera, expresarme con un código que tal vez para el espectador sea oscuro o inquietante, pero que en mí es más real que otro tipo de expresión. 

BLOG: Em outubro de 2017 você estará pela primeira vez no Brasil e América do Sul no evento Underworld Fusion Fest, na cidade de Curitiba-PR. Conte-nos um pouco sobre sua preparação e expectativas para o evento. | En octubre de 2017 estarás por primera vez em Brasil y América Del Sur  em El evento Underworld Fusion Fest, en La ciudad de Curitiba-PR. Cuentanos um poco sobre tu preparación y expectativas para El evento.


Minha preparação por agora, além da minha rotina cotidiana de treinamentos (Yoga, pilates, hipopressivos, drilling e algo de improvisação) é meditar sobre a morte, mas isso é algo que venho fazendo a algum tempo. Este ano, talvez o esteja fazendo de maneira diferente por coincidir com uma época em minha vida na qual enfrento a medos diferentes do que enfrentava a quatro anos, por exemplo. Neste momento, minha preparação é mais mental que física. Normalmente sou muito física na hora de preparar-me para um festival, ainda que sempre vá com as emoções a frente. 

Necessito praticar várias horas seguidas por dia para conseguir um estado de desconexão e que o corpo me leve às criações. Mas nestes meses, estou necessitando digerir com calma conhecimentos novos que tenho aprendido sobre biomecânica, osteopatia, livros que li, trabalho de dança contemporânea, e sobre tudo o que experimentei com minhas alunas nas aulas. Neste curso vomitei “savia nueva” e agora tenho que seguir estruturando na minha cabeça para poder ensinar da melhor forma o que quero ensinar no Brasil, e dançar esparramando as entranhas, mas recolhê-las logo com cuidado e sem cicatrizes para seguir forte.


Mi preparación por el momento, además de mi rutina cotidiana de entrenamiento ( Yoga,Pilates, Hiporesivos, drilling y algo de improvisación) está siendo meditar sobre la muerte, pero esto es algo que llevo haciendo tiempo. Este año, tal vez lo estoy haciendo de manera diferente por coincidir con una época en mi vida en la que me enfrento a miedos diferentes a los de hace cuatro años por ejemplo. En este momento, mi preparación es más mental que física. Normalmente soy muy física a la hora de prepararme para un festival, aunque siempre vaya con las emociones por delante. 

Necesito estar practicando varias horas seguidas al día para conseguir un estado de desconexión  y que el cuerpo me lleve hacia las creaciones. Pero en estos meses, estoy necesitando digerir con calma conocimientos nuevos que he ido aprendiendo sobre biomecánica, osteopatía, libros que he leído, trabajo de danza contemporánea, y sobre todo lo que he experimentado con mis alumnas en las clases. En este curso he vomitado savia nueva y ahora mismo tengo que seguir estructurando en mi cabeza para poder enseñar de la mejor manera lo que quiero enseñar en Brasil, y bailar desparramando las entrañas, pero recogerlas luego con cuidado y sin cicatrices para seguir fuerte. 


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BLOG: Em sua opinião, o quê é tribal fusion?  | En tu opinión, ¿ qué es el tribal fusion?

Que pergunta mais difícil! Longe de todas as respostas sobre a história do Tribal, ou sobre técnicas e diferentes conteúdos que pode te dar alguém com mais experiência que eu.

Para mim, é a dança que une o passado e o futuro, o histórico e o fantástico, o terreno e o etéreo, resultando em maravilhosas dançarinas embriagadas de liberdade. 

Qué pregunta más difícil! Lejos de todas las respuestas sobre la historia del Tribal, o sobre técnica y contenidos varios que te puede dar cualquiera con más experiencia que yo.

Para mí es la danza que une el pasado y el futuro, lo histórico y lo fantástico, lo terrenal y lo etéreo, dando como resultado maravillosas bailarinas borrachas de libertad. 

BLOG: O quê você mais gosta no tribal fusion? | ¿Qué ES lo que más te gusta del tribal fusion?

O que disse anteriormente, em especial, a liberdade. 

Lo anterior, en especial, la libertad

BLOG: Como você descreveria seu estilo? | ¿ Como describirías tu estilo?

Ainda me custa e estou tentando encontrar uma palabra que o resuma. Em seu momento o chamei Dark Fusion, mas hoje em dia me sigo questionando se não há uma descrição melhor. Acredito que vou perguntar as minhas companheiras mais próximas.

Pelo momento, permite que me ria um pouco das etiquetas, o chamarei: “TribalfusionDarkcontemporarybellydance-expressing-ambients- while-connecting-with-your-guts( technically-and-emotionally).” :O

Aún me cuesta y estoy intentando encontrar una palabra que lo resuma. Lo llamé en su día Dark Fusion, pero a día de hoy me sigo cuestionando si hay una descripción mejor. Creo que haré un sondeo a mis compañeras más cercanas.

Por el momento, permíteme que me ría un poco de las etiquetas, lo llamaré: TribalfusionDarkcontemporarybellydance-expressing-ambients- while-connecting-with-your-guts( technically-and-emotionally). :O 

BLOG: Como você se expressa na dança? |  ¿Cómo te expresas en La danza?

Acredito que sou um instrumento mais para expressar o que vejo através da música e sei que tenho algumas ferramentas que aprendi e que sigo praticando com minhas alunas. Mas na hora de expressar-me não penso em nada, não tento nada. Respiro a canção e tento estar presente.

Creo que soy un instrumento más para expresar lo que yo veo a través de la música y, sé que tengo unas herramientas que he aprendido y que sigo practicando con mis alumnas, pero a la hora de expresarme no pienso en nada, ni intento nada. Respiro la canción e intento estar presente.  


BLOG: Sobre sua carreira, qual/quais seu momento tribal favorito ou inesquecível? |  Sobre tu Carrera, ¿ cuál o cuáles son tus momentos tribal favoritos o inolvidables? 


O dia em que meu pai pôde vir a ver meu espetáculo depois de não poder por muito tempo devido a uma enfermidade.

Ter a minha irmã como aluna e a meu companheiro também.

Dançar com meu companheiro.

Conhecer pessoalmente a dançarinas que admiro e me tornar amiga delas depois de conhece-las.


Abraçar à organizadora de um festival e sentirmo-nos piratas em um navio em meio a uma tormenta.

Cada vez que vejo dançar desde os bastidores a colegas queridas.

Dividir o espaço entre os bastidores com dançarias às quais admiro e notar sua respiração antes de sair ao palco.

Cada vez que estou em um festival – ou não – com meus amigos Delirium e Miguel Palomera de “la Nariz Roja” ...

São muitos! Sou muito indecisa! Não posso escolher!



El día que mi padre pudo venir a ver un espectáculo mío después de no poder durante mucho tiempo por una enfermedad.

Tener a mi hermana de alumna y haber tenido a mi pareja también.

Bailar con mi pareja.



Conocer personalmente a bailarinas que admiro y quererlas después de conocerlas. 

Abrazar a la organizadora de un festival  y sentirnos piratas en un barco en medio de la tormenta.

Cada vez que veo bailar desde bambalinas a compañeras que quiero.

Compartir espacio entre bambalinas con bailarinas a las que admiro y notar su respiración antes de salir a escena.

Cada vez que estoy en un festival- o no- con mis amigos Delirium y Miguel Palomera de la Nariz Roja

Son muchísimos! Soy muy indecisa! No puedo elegir! 

BLOG: Quais seus projetos para 2017? E mais futuramente? | ¿Cuáles son tus proyectos para 2017? ¿ Y más adelante?

Meu principal projeto a nível pessoal é duplo: reestruturar a minha maneira de ensinar e de dançar, consolidando aspectos que sei que são meu potencial, à vez que descarto coisas velhas que podem servir, mas, que ocupam muito espaço para agregar novas ideias (algumas que tenho, outras que necessitam espaço para entrar).

A nível profissional, que possa dizer pelo momento, minha visita a Curitiba no “Underworld Fusion Fest” marca o início de um calendário que para mim é muito especial, e me faz sentir em um sonho. Viajar ao Brasil pela primeira vez me faz muito feliz, tenho muita vontade de conhecer as dançarinas daí. Em novembro, outro sonho me espera que é dançar no Shadowdance, em Oakland (EUA), organizado por Ariellah. Qualquer dançarina de nosso estilo podem compreender como se sinto com essa proposta, estou em uma nuvem.

E em março, viajarei a Dresden para dançar em um espetáculo onde toda a banda sonora será de Siouxsie e os Banshees, também darei cursos e oficinas ali e estou muito feliz com a proposta da organizadora Uma Shamaa.

Com o decorrer do ano também participarei como professora e dançarei em alguns eventos no meu país, mas ainda não posso dar mais detalhes porque pelo momento esses projetos se estão gestando.

Mi principal proyecto a nivel personal es doble: reestructurar mi manera de enseñar y de bailar, afianzando aspectos que sé que son mi potencial, a la vez que desechando trastos viejos que pueden servir pero que ocupan mucho espacio para añadir nuevas ideas(algunas que tengo otras que necesitan espacio para entrar). 

A nivel profesional, que pueda nombrar por el momento, mi visita a Curitiba en el Underworld Fusion Fest marca el principio de un calendario que para mí es muy especial, y me hace sentir como en un sueño. Viajar a Brasil por primera vez me hace muy feliz, y tengo muchas ganas de conocer personalmente a las bailarinas de allí.
En noviembre otro sueño hecho realidad me espera,que es bailar en el Shadowdance, en Oakland, organizado por Ariellah. Cualquier bailarina de nuestro estilo puede comprender cómo me siento con esta propuesta, estoy como en una nube.

Y en marzo, viajaré a Dresden para bailar en un espectáculo donde toda la banda sonora sera de Siouxsie and the Banshees, también daré talleres allí y me encanta la propuesta de la organizadora Una Shamaa.

A lo largo del año también participaré como profesora y bailaré en algunos eventos en mi país, pero aún no los nombro porque por el momento se están gestando. 

BLOG: Improvisar ou coreografar? E por quê? | ¿Improvisar o coreografar? ¿Por qué?

Eu sou mais de fazer coreografias, ainda que ultimamente, sim, necessito sempre deixar espaço para a improvisação. Acredito que depende também do momento no qual esteja e do tipo de evento, mas este último é algo muito pessoal... Se danço em um café, em uma animação na rua, ou em um evento mais informal, encontro mais sentido em improvisar. Mas se vou participar em um festival, prefiro fazer coreografias, não só pela responsabilidade que possa sentir, mas também porque para mim a coreografia é como um laboratório onde posso explorar com dedicação e paciência diferentes direções e formas, gosto de tomar meu tempo para ver como crescem. Ainda que ultimamente essa forma seja mais moldável e deixe mais partes às improvisações.

Yo soy más de coreografiar, aunque últimamente sí que necesito siempre dejar espacio para la improvisación. Creo que depende también del momento en el que estés y del tipo de evento, pero esto último es algo muy personalSi bailo en una tetería, o en animación de calle o un evento más informal, le encuentro más sentido a improvisar. Pero si voy a participar en un festival, prefiero coreografiar , no sólo por la responsabilidad que pueda sentir, sino porque para mí la coreografía es como un laboratorio donde poder explorar con dedicación y paciencia diferentes direcciones y formas, me gusta tomarme mi tiempo para ver cómo crecen. Aunque últimamente esa forma es más moldeable y dejo más parte a la improvisación. 

BLOG:  Você trabalha somente com dança?  | ¿ Tú trabajas solo con La danza? 



Atualmente, trabalho na minha cidade dando aulas regulares de Tribal Fusion, assim como workshops fora da minha cidade e também sou professora de Pilates e ginástica hipopressiva.

Mas há momentos da minha vida nos quais pude juntar minha profissão de dançarina com a de atriz; e em outros nos quais os juntei com meu trabalho de nutricionista em hospitais, e passando consulta, pois também estudei Dietética e Nutrição. Meu trabalho como dietista agora está mais parado porque começou a crescer mais o de dançarina, mas gostaria de ter outra vez um espaço para este trabalho e conciliá-lo com o de dançarina, professora de Pilates e ginástica hipopressiva, porque é um trabalho que também me apaixona ... e porque viver da arte não é fácil!

Actualmente trabajo dando clases regulares en mi ciudad de Tribal Fusion, así como workshops fuera de mi ciudad. También soy profesora de Pilates y gimnasia hipopresiva.

Pero hay momentos de mi vida en los que he compaginado mi profesión de bailarina con la de actriz, y otros que los he compaginado con mi trabajo de nutricionista en hospitales y pasando consulta, pues también estudié Dietética y Nutrición. Mi trabajo como dietista ahora está más parado porque empezó a crecer más el de bailarina, pero me gustaría tener otra vez un espacio para este trabajo y compaginarlo con el de bailarina y profesora de Pilates e hipopresivos, porque es un trabajo que también me apasiona y porque vivir del arte no es fácil! 

BLOG: Deixe um recado para os leitores do blog. | Deja un mensaje para los lectores Del blog.

Obrigada por ler e por estar aí :)

Gracias por leerme y gracias por estar ahí :)  



Tradução/ Traducción: Long Nu & Lucas








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